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14 de janeiro de 2013

Aula de Campo (Introdução à Ecologia)


SÍNTESE DA AULA DE CAMPO REALIZADA NO POVOADO DE MARIÁPOLIS, MUNICÍPIO DE SERRA DO RAMALHO – INTRODUÇÃO À ECOLOGIA.

1 . Introdução
O presente trabalho é fruto de uma atividade, aqui denominada aula de campo, realizada no dia 27 de setembro do ano de 2012, na localidade de Mariápolis, município de Serra do Ramalho – Bahia, com a finalidade de observar, analisar e registrar informações referentes aos fatores abióticos e bióticos, populações, comunidade e ecossistemas ecológicos encontrados na área pesquisada, com a finalidade de cumprimento de Atividade Complementar, Avaliação Parcial e Aplicação, em conformidade com a ementa do componente curricular Introdução a Ecologia do curso de Licenciatura em Ciências Físicas e Biológicas da Universidade do Estado da Bahia- UNEB/PARFOR, sob a orientação do professor MsC. Jarbas Rodrigues dos Santos.
A palavra Ecologia foi empregada pela primeira vez pelo biólogo alemão E. Haeckel em 1866 em sua obra Generelle Morphorlogie der Organismen. O termo Ecologia origina-se de duas palavras gregas: Oikós, que quer dizer casa e logos que significa estudo. Ecologia significa literalmente a Ciência do habitat. É a ciência que estuda as condições de existência dos seres vivos e as suas interações, de qualquer natureza, existentes entre seres vivos e seu meio.
A ecologia é uma ciência multidisciplinar, que engloba desde a biologia e suas ramificações até a matemática. Por isso, se torna quase impossível delinear a fronteira entre a ecologia e as diversas ciências, pois, todas têm influencias sobre ela. Uma situação semelhante ocorre dentro da própria ecologia, por exemplo, na compreensão das interações entre o organismo e o meio ambiente ou entre organismos, é inadmissível separar comportamento de dinâmica populacional, comportamento de fisiologia, adaptação de evolução e genética e ecologia animal de ecologia vegetal.
Percebe-se que a ecologia ao longo da história se desenvolveu por duas vertentes: o estudo das plantas e o estudo dos animais. Para uma compreensão mais segura, traçaremos aqui o caminho inicial da ecologia sobre essas vertentes: primeiro a ecologia vegetal aborda as relações das plantas entre si e com o meio ambiente. A abordagem é altamente descritiva da compreensão vegetal e florística de uma área e normalmente ignora a influencia dos animai sobre as plantas.  A abordagem ecologia animal envolve o estudo da dinâmica, distribuição e comportamento das populações e das inter-relações de animais com o seu meio ambiente. Como os animais são dependentes das plantas para sua alimentação e abrigo, a ecologia animal não pode ser totalmente compreendida nas áreas aplicadas da ecologia. Neste trabalho os estudantes perceberão que a ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das inter-relações de um organismo individual com seu ambiente (autoecologia), ou como o estudo de comunidades de organismos (sinecologia).
Ainda na área de atuação da ecologia haverá destaques em relação aos ecossistemas terrestres que são os mais influenciados por organismos e sujeitos a flutuações ambientais muito mais do que ecossistemas aquáticos. Focaremos nossa atenção ao primeiro, porém, ressaltando que os ecossistemas aquáticos são mais afetados pelas condições da água e possuem resistência a variáveis ambientais como temperatura. Por ser o ambiente físico tão importante no controle dos ecossistemas aquáticos, dá-se mais atenção às características físicas do ecossistema como as correntes e a composição química da água. Por convenção, a ecologia aquática, denominada limnologia, limita-se à ecologia de cursos d’água, que estuda a vida em águas correntes, e a ecologia dos lagos, que se detém sobre a vida em água relativamente estáveis. Não é interessante no momento aprofundarmos a apresentação acerca da ecologia em outras abordagens aquática, pois, a nossa atenção será voltada para a ecologia terrestre, a animal e a vegetal. 

2 . Objetivos
Definir ecologia;
Reconhecer a importância da ecologia;
Compreender a partir de observações: populações, comunidades e ecossistemas;
Diferenciar Habitat de Nicho Ecológico.
3 . Cronograma
Atividade em Grupo
15/09/2012 elaboração do roteiro - 02 h
27/09/2012 percurso (Serra do Ramalho – Mariápolis) - 30 min
27/09/2012 últimas orientações no local e visita SAAE - 30 min
27/09/2012 realização das atividades em campo - 03  h
28/09/2012 procedimentos finais de registro - 01 h               
Total C.H em Grupo: 07 horas + 08 horas em individual - 15 horas
Total............................................................................................15 h
4 . Desenvolvimento/ Metodologia
Às 14:30 h do dia 27/09/2012, sob a orientação dos professores/alunos do curso de Licenciatura em Ciências Físicas e Biológicas, Acurso Sena Costa, Irys Fabianna Teixeira Dias Soriano, Maria Neves Sobrinho e Regina Maria Araujo, os alunos da 3.ª série do Ensino Médio do Colégio Estadual Anísio Honorato Godoy (rede estadual), saíram para a aula de campo em dois ônibus com destino ao povoado de Mariápolis, aproximadamente 20 Km da sede do município, fazendo o seguinte trajeto: saída – Colégio Estadual Anísio Honorato Godoy, Rua São Paulo , s/n, passando pela Avenida Central Sul, sentido leste; virando à direita (sul) pelo Eixo ímpar em direção ao referido povoado; após percorrido 8 Km, tomamos a direção (leste) pela vicinal 9.4 –Pituba até chegar ao povoado de  Mariápolis.
Iniciamos as atividades de pesquisas com a visita na estação de tratamento da água, administratada pelo SAAE, onde foram encontrados os primeiros fatores bióticos (insetos), em seguida iniciamos a exploração da área delimitada para a pesquisa, isto é o espaço físico do ecossistema (biótopo), de imediato os estudantes do Ensino Médio, foram entusiasmados ao constatar uma população de plantas parasitas, que caracterizava um grupo de organismos pertencentes a um mesmo grupo taxonômico, portanto, se tratava de uma população ecológica; prosseguindo percebeu-se outras populações (aves, mamíferos, insetos, vegetais) que interagiam num mesmo lugar ou ambiente, os estudantes então, admitiram que tratava de uma comunidade. A partir das constatações dos fatores abióticos e bióticos tornou-se mais dinâmica a compreensão do termo ecossistema - conjunto formado por uma comunidade e os componentes abióticos (água, solo, luz, etc), com os quais esta se interage. Foi notário a interação entre as espécies e populações presentes naquele ambiente, cujas interações resultantes das atividades de obtenção de recursos, tais como: abrigo, condições favoráveis para reprodução, habitat e outros. A ideia de ambiente ficou definida com precisão, a partir do entendimento de que todo o entorno de cada ser vivo, formado por tudo aquilo que o rodeia e o afeta.
As ações de pesquisas foram bem dinâmicas, graças a mediação dos professores Acurso Sena Costa, Iris Fabyanna Teixeira Soriano, Maria Neves Sobrinho e Regina Maria Araujo, o que foi determinante para os estudantes do Ensino Médio encontrarem com certa facilidades as seguintes informações:
1 . Populações: Algaroba (Prosopis juliflora),algodão de seda (Calotropis procera), mangueira (Mangifera indica), Quixabeira (Sideroxylon obtusifolium), umbuzeiro (Spondias tuberosa ), seriguela (Spondias purpurea), bucha vegetal (Luffa cylindrica), galinha (Gallus gallus domesticus), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), lagartixa (Rhacodactylus leachianus), cachorro (Canis lupus familiaris), porco (Sus domesticus), formiga (Camponotus spp.), mosca (Musca domestica), besouro castanho (Tribolium casteneum).
2 . Comunidades: Numa visão mais ampla constatamos comunidade de vegetais; mamíferos; insetos e aves. Visto que pode considerar comunidade um conjunto de todas as populações, sejam elas de micro-organismos, animais ou vegetais existentes em uma determinada área, mas, pode se utilizar o conceito de comunidade para designar grupos com uma maior afinidade separadamente, como por exemplo, comunidade vegetal, animal, etc.
2 .Nicho ecológico: observando a necessidade de sobrevivência, verificou-se que não é tão complicado entender o que é um nicho ecológico. Os organismos precisam obter energia e nutrientes, evitar ação predadora e competir com outros da sua mesma espécie ou de espécies diferentes. Essa interação ou atuação dos organismos com o seu meio físico e biológico, definida como Nicho Ecológico, numa linguagem mais evidente, Nicho Ecológico se refere ao papel que o organismo desempenha no seu meio.
4 . Habitat: entender o termo habitat em ecologia consiste a partir da explicação mais simples possível, isto é, o lugar em que uma espécie é encontrada ou ainda é o endereço de cada espécie na comunidade.
5 . Fatores Abióticos e Fatores Bióticos: é imprescindível o registro da verificação principalmente dos aspectos físicos que somados aos químicos, constituem os fatores abióticos, realizada pela equipe onde desencadeou a discussão nas aulas teóricas subsequentes.
Os estudantes envolvidos na execução das atividades foram orientados durante as aulas do componente curricular do ensino médio – Biologia, pelo professor Acurso Sena Costa. Assim, a atividade contemplou a programação da III unidade do Ensino Médio do Colégio Estadual Anísio Honorato Godoy, bem como Atividade Complementar do curso de Licenciatura em Ciências Físicas e Biologia – UNEB/PARFOR, componente curricular Introdução à Ecologia, sob a orientação do professor MsC Jarbas Rodrigues.
5 . Considerações
Conclui-se que após a realização da pesquisa os estudantes tiveram a oportunidade de aprimorar os conhecimentos sobre as questões fundamentais da ecologia. É fundamental destacar que o processo de realização da Aula de Campo ou Pesquisa em Campo, constituiu uma vivencia criativa possibilitando uma interação riquíssima com os demais componentes do grupo e com o meio, por meio de fontes e recursos distintos, o que favoreceu para uma autonomia em relação à forma de aquisição dos conhecimentos e ampliando uma visão mais critica dos fatos.

6 . Referências

SANTOS. Fernando Santiago dos, AGUILAR. João Batista Vicentin, OLIVEIRA. Maria Martha Argel de. Biologia. Ser Protagonista. 3. SM. ed.3ª.2010.São Paulo;
TEMÁTICA BARSA – Rio de Janeiro: Planeta Barsa. 9 v:Il.2005;
AMABIS. José Mariano, MARTHO. Gilberto Rodrigues.Biologia das populações. Vol.3.Moderna.2010.São Paulo.


Colégio Estadual Anísio Honorato Godoy
Galinha - Gallus gallus domesticus

Juazeiro – Zizyphus Joazeiro

Rio São Francisco

Quixabeira - Sideroxylon obtusifolium

Estudantes


Protetor solar


Em atividades


Thaís, Eu e Jéssica


Registraram tudo!!!!!!!!!!!!
Maria Regina, Iris Fabyanna e Maria Neves (Colegas)

5 de janeiro de 2013

Práticas Pedagógicas - No ensino de Ciências/Biologia


Extrato de Atividades – Práticas Pedagógicas
por Acurso Sena Costa
Atividade 1
Identificar novos tópicos que deveriam fazer parte do currículo de Ciências/Biologia.
 Convém lembrar que os estudantes, ainda apresentam dificuldades em relacionar os conteúdos trabalhados em Ciências e consequentemente em Biologia, com as situações que envolvem o cotidiano. Nota-se, portanto, que é necessário uma analise mais cautelosa não só nos tópicos que compõem a programação de cada série/ciclo, quer no ensino fundamental ou no ensino médio.
Desde tempos a escola tem sofrido por fracassos na educação formal devido optar, por exemplo, iniciar o processo de ensino e aprendizagem pela linguagem, o que implica em constar nesta atividade a necessidade de se estabelecer uma relação a ser estudada pela ação (pratica), observação, manipulação de material.
Segundo PCN/Ciências Naturais, na educação contemporânea, o ensino de Ciências Naturais é uma das áreas em que se pode reconstruir a relação ser humano/natureza em outros termos, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência social e planetária. Revendo os conteúdos de Ciências Naturais do 5.° ao 9.° ano de algumas escolas publicas de redes municipais percebi que a proposta contida  nos livros didáticos é na realidade aceitável do ponto de vista geral,  porém, o que se verifica de insatisfatório é a assimilação e aplicação desses conteúdos pelos estudantes exigindo assim uma reordenação especificada em função das diversas regiões e contextos sociais em cada unidade da federação e, os diferentes públicos inseridos na dimensão nacional. Daí a necessidade de nos momentos de planejamento propor e executar ajustes no currículo adequando-o à realidade social dos estudantes, a partir daquilo que é essencial e do que se pode considerar como complementar, extensivo ao ensino médio. Portanto, uma educação mais dialógica efetivamente dará suporte para adequação dos tópicos previstos nos currículos de ciências/biologia com ênfase naquilo que verdadeiramente é importante para os estudantes. Não há de que contestar em relação aos conteúdos, mas, de propostas metodológicas que darão sentido e significado aos saberes na seguinte ordem:
Consciência conceitual – conhecimentos prévios dos estudantes em relação aos tópicos;
Introdução de “anormalidades” – oportunidades de opor (insatisfação) com as concepções existentes;
Nova teoria apresentada pelo professor – aprendizagens pela descoberta de novos conceitos.

Atividade 2
Analisar a relação das disciplinas (Ciências/Biologia) nas escolas brasileiras
.Segundo PCN – Ciências Naturais, a relação das disciplinas ciências/biologia nas escolas brasileira constitui-se basicamente pelo fato da supervalorização do conhecimento cientifico face aos avanços tecnológicos da contemporaneidade.
As ciências naturais surgem, pois, como um conhecimento que contribui imprescindivelmente na compreensão não só dos aspectos específicos das disciplinas ciências naturais e biologia, mas, alcançando dimensões que assegurarão aos estudantes e professores a compreensão de mundo. No contexto dessa relação entre disciplina e escola surge de maneira especifica pelas ciências naturais e biológicas a compreensão de ser humano como integrante de todo o universo quer natural ou não, capaz de interações para a harmonização dos saberes intradisciplinar e interdisciplinar.

Atividade 3
Como formar os (novos) professores?
É indiscutível que é condição necessária para o bom desempenho do professor que ele tenha um salário digno. Mas isso não é suficiente para que ele seja um profissional, um ser humano que tenha a tranquilidade de viver em paz. E viver em paz consigo mesmo!
Assim, novos professores e professores estão sob um perfil moderno que no mínimo precisa de:
Formação continuada;
Domínio dos novos recursos tecnológicos;
“Desse modo, o uso de recursos computacionais em educação, será tão prejudicial, quanto for o desconhecimento do professor e da escola sobre estas novas tecnologias, e a falta de um planejamento de ensino voltado para a construção do conhecimento”. (BARROS, Cavalcante, 199, p. 282).
Ampliação dos espaços de ensino-aprendizagem;
Participação nos segmentos sociais (ação pela iniciativa do professor)
Referencias
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf
GATTI, Bernadete Angelina. Formação de professores e carreira: problemas e movimentos de renovação. 2.ª Ed. Campinas. SP. 2000;
MIZUKAMI, Maria da Graça. Ensino: As abordagens do processo.EPU. São Paulo. 1986