COMO AS ABELHAS FAZEM O MEL
POR: Karlla Patrícia
Sabemos que existem diferentes funções dentro de uma colmeia,
não é? As abelhas que buscam o néctar das flores para a produção de mel, são
chamadas de “abelhas campeiras”. Mas elas não carregam baldinhos como nos
desenhos animados. Na verdade, além de uma espécie de bomba de sucção, elas
possuem uma região no estômago reservada para a estocagem do néctar. Em uma
viagem, uma abelha campeira pode visitar milhares de flores até preencher este
reservatório. É um trabalho duro!
Quando elas retornam à colmeia transferem o néctar
coletado para as “abelhas engenheiras”. Essas sim são responsáveis pela
produção do mel e para isso, o primeiro passo é retirar o excesso de umidade.
As engenheiras tomam o néctar das campeiras estendendo a tromba (um parte
alongada da boca) e sugando rapidamente. Ela manipula o mel dentro da boca, vai
para uma parte da colmeia onde o produto será estocado. Com a cabeça erguida,
por várias vezes, estica e retrai a tromba. Esse PROCESSO expõe a gota de
néctar à ação do ar e provoca a sua evaporação, resultando num produto mais
concentrado para só aí, ser depositado na célula (favo).
Durante esse processo de retirada da umidade, as abelhas
introduzem através da saliva enzimas como a invertase que converte o açúcar do
néctar em dois outros açúcares: glicose e frutose e a glicose oxidase, que
convertem glicose em ácido glicônico, o que torna o mel ácido e protege contra as bactérias que o fariam
fermentar. Uma vez depositada e preenchida a respectiva célula, esse
produto (que ainda não é mel) será lacrado com cera pelas abelhas e só depois
de 48 horas, teremos o mel.
O objetivo principal da produção de mel é exatamente
manter o suprimento alimentar da colmeia. Ou seja, as abelhas se alimentam
vigorosamente do próprio mel que produzem. Além disso, se alimentam de pólen
que geralmente vem preso nas pernas “peludas” das campeiras. Alguns apicultores
chamam o pólen de “pão de abelha”. É como se ele fosse uma variação no cardápio
alimentar!
Abelha Campeira
Abelha Engenheira